Atribuição do Prémio Pancho Guedes de Arquitectura

Dos projectos premiados foram editados livros de distribuição internacional e apresentados publicamente no Núcleo de Arte, Educação e Cultura da Fundação e no Palácio Galveias da Câmara Municipal de Lisboa.

O Prémio Bienal de Arquitectura Pancho Guedes da Fundação Serra Henriques foi atribuído em 2011 ao projecto Plataforma Tejo de Pedro Ressano Garcia.

Plataforma Tejo propõe uma reconfiguração sustentada deste território através da construção de um aterro, uma passagem aérea acrescentada à cidade e que, entre muitas outras valências, viabiliza o acesso ao maior museu português (Museu Nacional de Arte Antiga), criando, em simultâneo, um espaço nobre de recepção ao terminal de Cruzeiros de Turismo da Rocha de Conde de Óbidos.

Plataforma Tejo é um conceito. Inovador, propõe uma morfologia urbana passível de ser aplicada a qualquer cidade portuária que queira retomar a ligação com o rio e/ou mar. Ultrapassa, a baixo custo, as barreiras de circulação existentes - viárias ou ferroviárias - sem as afetar, e cria um espaço público contemporâneo com diferentes possibilidades de aproveitamento - palco de grandes eventos ou jardim suspenso em plena zona industrial.


Em 2013 o Prémio foi atribuído por Pancho Guedes à tese de doutoramento Maputo, Cidade Aberta - Investigações sobre uma Capital Africana de Fabio Vanin.

Partindo do estudo das mudanças arquitectónicas visíveis na cidade de Maputo nas últimas décadas, Fabio Vanin, estudioso da realidade moçambicana, propõe uma reflexão sobre as mudanças na sociedade moderna do país nos seus vários aspectos. O premiado é arquiteto e urbanista, doutorado pela Universidade de Veneza e líder de projeto em vários planos estratégicos na Europa (Antuérpia, Gent, Gorzow, Poznan) e África (Nairobi). Vanin é também assistente de pesquisa na Universidade Técnica de Eindhoven e na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.