
Cartha - On Relations in
Architecture

Cartha é um projecto editorial globalmente apoiado pela Fundação
Serra Henriques e está aberto a propostas de todo o mundo.
Apresenta-se como uma plataforma internacional de partilha do
pensamento crítico, cruzando arquitectura e sociedade, dentro da
perspectiva da contemporaneidade. A edição é feita por um grupo
de arquitetos e designers de diferentes países que sentiram a
necessidade de expor uma pluralidade de visões sobre temas
específicos que lançaram para discussão. O principal meio de
difusão é o seu website, em inglês, que propõe uma leitura das
opiniões continuamente coleccionadas, em modo de arquivo online.
O livro Cartha - On Relations in Architecture vem juntar-se aos
posters impressos, para plasmar esse arquivo como colectânea
anual, segundo um determinado tópico: as relações dentro do
espectro da prática da arquitetura.
Em 280 páginas são compilados os 4 temas que a Cartha propôs
debater em 2015 - Worth Sharing, Confrères, Mannschaft e
Santisima Trinidad - expondo desde modelos de colaboração, modos
de relacionamento entre profissionais, com clientes, operários
ou utilizadores dos espaços. Cada um dos quatro temas compõem-se
de uma entrevista - com Diogo Seixas Lopes, Grafton Architects,
Samuel Schulze e Marco Serra -, de um corpo de artigos e de
contributos visuais - de Guido Guidi, Rasmus Norlander, Joël
Tettamanti e Onnis Luque.
Cartha é também um projeto associado da 4ª Trienal de
Arquitectura de Lisboa, e propôs-se fazer uma reflexão acerca de
The Form of Form, apresentada em 3 momentos distintos: em
Outubro, uma exposição no espaço da Mãe-de Água mostrando os
pontos de vista dos diversos editores internacionais convidados,
recolhidos no período de um ano e duas edições; em Dezembro, o
lançamento de um terceiro número "Lisboa Paralela", produzido no
enquadramento da cidade e dos vários eventos que aconteceram
durante a Trienal; em 2017, uma nova publicação em livro com a
compilação dos conteúdos gerados.
Sendo Cartha digital na sua origem, é reconfortante perceber que
nem aqui a impressão não perdeu o seu espaço, e que não se
perderão estes contributos num futuro da era digital - ou, como
escreve George Kafka no epílogo, "Cartha is worth sharing".